Um dia, um céu partiu-se. Partiu-se em mil bocadinhos que
voaram até mim.
As estrelas desfizeram-se.
O vento sopra, a chuva cai e encharca o orvalho da manhã.
Sou eu e tu, naqueles abraços sem fim. Somos nós à procura da
lua que deixou de brilhar. Os dias passam e eu vou moldando a certeza de que as
estrelas também existem noutros sítios que não no céu.
Hoje e sempre, estás comigo e eu morro de saudades tuas.
(Aos poucos, as estrelas, essas, vão voltando ao sítio de
onde pertencem, de onde não deviam ter saído).
Ana Mangericão
Francisco
27.11.2015